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A História da Oliveira no Algarve

A oliveira (olea europaea) encontra-se por toda a região do Algarve.

Julga-se que a oliveira terá evoluído a partir das melhores variedades de zambujeiro que existiam na Europa meridional, na Ásia ocidental e na África setentrional.

A História da Oliveira no Algarve

Atualmente ainda existem no Algarve particularmente nos arredores de Tavira, algumas das árvores mais antigas do país e provavelmente do mundo.

Segundo Acerbo (1937) a pátria da oliveira cultivada é a fenícia e terá sido este povo de comerciantes que a terá introduzido em Portugal através da foz do rio Guadiana por Castro Marim. Posteriormente instalaram-se os romanos no séc. II a.C. até ao séc. VII d.C que muito contribuíram para o desenvolvimento da cultura da oliveira por todo o Algarve. O azeite da região era enviado pelos portos de Ossonoba (Faro), Balsa (Tavira) e Baesuri (Castro Marim), para Roma onde gozava de grande reputação. Os árabes estiveram na região do Algarve desde o séc. VII até ao séc. XIII. Neste período introduziram inovações importantes ao nível das práticas culturais, adubação e novos métodos de extração do azeite. A cultura foi dinamizada na área de Silves e o azeite era enviado para o norte de África. Após reconquista pelos cristãos e até aos nossos dias o azeite do Algarve continuou a ser um dos produtos mais apreciados conjuntamente com a uva, o figo, a amêndoa e a alfarroba.


A Maçanilha Algarvia

É a principal variedade da região do Algarve e ainda não lhe foi reconhecido o seu enorme valor como uma variedade de dupla aptidão (azeite e azeitona de mesa). Pode ser utilizada tanto para obtenção de azeite, pelo seu elevado rendimento, como para azeitona de mesa devido ao tamanho e calibre dos seus frutos. Possui uma elevada tolerância ao frio, à seca e à salinidade e uma capacidade de enraizamento média. A produtividade é média e alternada. Os frutos são pouco resistentes ao desprendimento, o que permite a colheita mecanizada. Existem outras variedades na região como a Verdeal, a Cordovil, a Galega e a Cobrançosa. A campanha da azeitona inicia-se em Setembro e termina em Dezembro.


Produção no Algarve

Em 2012 o Algarve apresentou uma produção regional de azeitona para azeite de 3.787 toneladas. De 1986 para 2012 a produção de azeitona para azeite na região do Algarve diminuiu 75%.

Verifica-se uma baixa produtividade e o fenómeno de safra e contrassafra, que carateriza todos os olivais tradicionais de sequeiro e particularmente os do Algarve, resultado de práticas culturais inadequadas que não satisfazem as necessidades nutritivas e hídricas, nem contribuem para o equilíbrio entre a parte aérea e radicular das plantas. A maior concentração da oliveira, ocorre no barrocal e na serra, com incidência especial para os concelhos de Tavira, S. Brás de Alportel, Loulé, Albufeira, Silves, Olhão, Castro Marim e Alcoutim.

(resumo do texto de Carlos Palma - Dir. Reg. de Agricultura e Pescas do Algarve - revisão para AC por Vico Ughetto)